Durante a minha viagem universitária ao Brasil, tive a sorte de poder visitar “um pouco” deste enorme país. Para o meu primeiro artigo sobre este destino, escolhi falar-vos sobre as Cataratas do Iguaçu. Elas situam-se na fronteira entre o Brasil e a Argentina e estão no coração de dois parques nacionais, classificados como Património Mundial pela UNESCO. Vamos?

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As Cataratas do Iguaçu
Localizadas na fronteira entre o Brasil e a Argentina, as Cataratas do Iguaçu são um verdadeiro espetáculo da natureza. Com centenas de cascatas rugindo ao longo de quase 3 quilómetros, oferecem um panorama impressionante onde a água e a vegetação se encontram numa harmonia selvagem.
É o local que mais me maravilhou durante estes 4 meses no Brasil (e o que mais me maravilhou em toda a minha vida até agora ^^). Sim, vi praias magníficas, nomeadamente no estado de Santa Catarina (várias ilhas e praias, incluindo Florianópolis). Visitar o Rio de Janeiro foi um sonho tornado realidade, descobri uma nova cultura, experimentei a gastronomia brasileira, encontrei um pedaço do paraíso em Paraty, mas Iguaçu foi realmente “imensurável”. Este lugar deixou-me literalmente sem palavras.
As cataratas são magníficas, os sons são incríveis…
Os seus sentidos ficam em alerta ao longo das passarelas, e no momento em que veem as cataratas, ficam atónitos. Espantados com a imensidão das quedas: o seu tamanho, a quantidade de água, a força desta… Acreditem, fiquei sem palavras…
Antes de começar: um pequeno efeito sonoro para quando chegam. 🙂
Cataratas do Iguaçu – lado argentino
A partir de Porto Alegre [onde estávamos a viver], apanhámos um autocarro nocturno e chegámos à pequena cidade de Foz do Iguaçu [ainda no Brasil] 900 km e cerca de doze horas depois. A partir de Foz do Iguaçu, seguimos diretamente de autocarro para Puerto Iguazú (Argentina), para começar por este lado. Li várias vezes que é obrigatório ir com guia, taxi ou outro transporte. Enganem-se. Há autocarros que ligam regularmente uma cidade à outra, muito mais barato! Passa-se a fronteira rapidamente (pelo menos foi o nosso caso), só é preciso guardar bem o bilhete do autocarro. Claro que falo a língua, o que facilita bastante, mas asseguro-vos que não tivemos qualquer dificuldade em encontrar os autocarros: “Foz do Iguaçu ⇔ Puerto Iguazú”.
Levantámos alguns pesos argentinos e procurámos uma hospedagem. Não tínhamos reservado nada com antecedência, mas aqui também, tranquilos, é bastante simples encontrar. Há várias pousadas na cidade. Até nos permitimos o luxo de escolher 🙂 . Atenção, no entanto, durante a alta temporada ou nas férias escolares locais, Iguaçu continua a ser um destino muito visitado.
Depois de deixar as nossas coisas, comprámos alguns snacks/água para fazer um piquenique dentro do parque e partimos à aventura! Há, claro, pequenas bancas e restaurantes à disposição, mas como podem imaginar, os preços são proibitivos!
Há depois autocarros que fazem a ligação entre o centro da cidade e a entrada do parque. Depois de pagarem a entrada, podem avançar! O parque é muito bem sinalizado e indicado. Recomendo-vos mais perder-se nas passarelas e abrir bem os olhos e ouvidos do que contratar um guia. A não ser que sejam fãs da fauna e queiram conhecer o nome de todas as árvores e plantas 🙂 .
Nós apanhámos diretamente o pequeno comboio até à “Garganta do Diabo” e depois passeámos pelas passarelas que sobrevoam o rio. Não esperava uma cor tão castanha! Aqui podem ter a sorte de observar jacarés, infelizmente não foi o nosso caso desta vez!


Quando o rio se aproxima do seu fim, é possível vislumbrar o topo das cataratas e, de repente, elas surgem diante de vocês.


Só resta passear ao longo das passarelas, seguindo os diferentes percursos.



Pequena atenção: dentro do parque, certifiquem-se de guardar bem a comida, de preferência numa mochila. Vais rapidamente encontrar pequenos animais astutos, que são especialistas em localizar comida. Uma das minhas colegas teve o saco de plástico onde guardava as suas batatas fritas roubado, e a sua máquina fotográfica quase foi levada também. Avisados estão. 🙂


A visita ao lado argentino ocupou-nos o dia inteiro, mas fizemos absolutamente tudo, incluindo um passeio de barco no coração das cataratas. Partimos quando a noite começava a cair e os animais a saírem dos seus esconderijos 😀

Estando na Argentina, aproveitámos para jantar um bom bife e encher-nos de doce de leite em todas as suas formas :). Puerto Iguazú não é muito grande, mas é bastante simpática.
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Cataratas do Iguaçu – lado brasileiro
Na manhã seguinte, apanhámos um autocarro na direção contrária, para o Brasil, passámos a fronteira tão rapidamente como no dia anterior (cerca de 30 minutos) e deixámos as nossas coisas numa consigna do parque, por alguns reais. Perdemos-nos no parque tal como no dia anterior.
A diferença está na forma como se encara as cataratas: enquanto na Argentina chegámos pelo topo, aqui ficamos de frente para elas e percebemos a sua imensidão.
Ao longo destes dois dias, cruzámo-nos com muitos animais, borboletas, plantas exóticas, etc. Para resumir, nas Cataratas do Iguaçu, ficamos com os olhos e ouvidos maravilhados! Agora compreendem melhor o meu enorme encanto com este lugar!





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Visitar as Cataratas do Iguaçu: informações práticas
Onde dormir?
Dormimos num hostel do lado argentino, porque nos parecia mais prático. Estávamos fora de época e, nessa altura, pudemos comparar preços e escolher a opção mais barata. Como viajávamos em sete pessoas, ficamos todos juntos num dormitório, que saía mais em conta. Também podem dormir do lado brasileiro; o ideal é comparar de acordo com o vosso planeamento.
Onde comer?
Dentro do parque, há opções para comer, mas custam os olhos da cara. Recomendo levar o vosso piquenique, tendo cuidado com os pequenos ladrões que são os quatis ^^.
Quanto tempo dedicar à visita das Cataratas do Iguaçu?
Passámos dois dias no local, o primeiro do lado argentino e o segundo do lado brasileiro. Leio frequentemente que algumas pessoas visitam apenas um lado por falta de tempo. É realmente uma pena, porque não só mais meio dia pode ser suficiente, como também porque não é a mesma experiência. Do lado argentino, aproxima-se das cataratas pelo “topo”, enquanto no lado brasileiro é possível observar todo o panorama das cataratas argentinas de frente e estar aos seus pés.
Perto das cataratas, há também o “Parque das Aves” para visitar, um grande aviário com muitos pássaros exóticos… Estava um pouco fora do nosso orçamento, por isso não visitamos.
Como chegar lá?
Para chegar a Foz do Iguaçu, é preciso ir de autocarro ou de avião, não há comboio que lá chegue. Se tiverem tempo e um orçamento limitado, saibam que os autocarros geralmente chegam de manhã, permitindo poupar uma noite de alojamento.
Aproveito para falar um pouco sobre os autocarros no Brasil: a rede é MUITO desenvolvida! Normalmente íamos ao terminal na sexta-feira à noite e escolhemos um pouco ao acaso os nossos fins de semana :).
Conselhos para visitar Iguaçu
- Contratar um guia não é realmente obrigatório, a não ser que queiram aprender mais sobre a fauna e flora local.
- Lembrem-se de comprar comida fora do parque, pois é muito cara lá dentro. E cuidado com ela: os quatis não têm medo!
- Ponha um fato de banho por baixo da roupa, as cataratas… bem… molham mesmo. 🙂
➺ Encontram todos os nossos artigos sobre o país na categoria Brasil, no menu! Também podem ver o balanço destes 4 meses no Brasil num artigo dedicado.
