Ah, o México!! Nachos, maracas, sombreros e ¡Ay caramba pepito! Mas estou a brincar! O México é um país enorme, impossível de visitar numa única viagem, por isso, nesta primeira vez decidimos concentrar-nos na península do Yucatán, que inclui três estados: Yucatán, Campeche e Quintana Roo.
Esta é uma das regiões mais turísticas do México, onde se encontram algumas das atrações mais famosas do país, como a maravilha do mundo Chichén Itzá, assim como os destinos populares Cancún e Playa del Carmen.
Neste primeiro artigo, vou partilhar o nosso roteiro de 15 dias de road trip pelo Yucatán, com todas as nossas dicas de viagem, truques, erros cometidos e o que mudaríamos se tivéssemos de repetir esta aventura. Preparados para descobrir o Yucatán connosco?

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Itinerário do nosso road trip pelo Yucatán
Para ser totalmente honesto convosco, sempre quis visitar o México um dia, mas não de imediato… Tinha vontade de conhecer a costa oeste dos EUA, o Taj Mahal ou mesmo Bali antes^^. De facto, tinha algumas imagens bastante negativas deste país, embora soubesse que, em termos de paisagens, gastronomia, fauna e flora, nos iria certamente encantar… Uma boa promoção nos voos fez-me mudar de ideias, e lá estávamos nós, prontos para 2 semanas de road trip pelo Yucatán, no México.
❕ Atenção: alguns itinerários que consultámos (e que inicialmente nos inspiraram) pareceram-nos demasiado ambiciosos quando chegámos ao local (cenotes, número de ilhas a visitar – é preciso considerar os ferries para as Islas, etc.). Há muito caminho para percorrer (alguns bastante caóticos, de que vos falaremos mais abaixo), e é importante deixar margem para imprevistos. Perdemos uma tarde devido a uma forte chuva tropical e cerca de 2 horas à procura de um cenote… que nunca encontramos! Por isso, também escrevemos um artigo específico sobre os cenotes do Yucatán. Estamos igualmente a preparar um artigo mais abrangente sobre os templos maias, com tudo o que precisam de saber e como escolher as vossas visitas.
Dia 1: Chegada a Cancún
Dia 2: Cancún – Playa del Carmen – Las Coloradas
Dia 3: Río Lagartos – Gran Cenote – Akumal
Dia 4: Akumal – Tulum
Dia 5: Cenote Zacil Ha – Sian Ka’an
Dia 6: Cenote Dos Ojos – Punta Laguna
Dia 7: Bacalar
Dia 8: Calakmul
Dia 9: Campeche
Dia 10: Uxmal – Hacienda Ochil – Cenote Sambula – Mérida
Dia 11: Mérida – Cenotes de Cuzamá
Dia 12: Chichén Itzá – Uayma – Cenotes X-Kekén & Samula
Dia 13: Valladolid – Cenote Zací – Cenote Suytun
Dia 14: Holbox
Dia 15: Holbox – Cancún

Dia 1: chegada a Cancún
Chegamos ao México no aeroporto de Cancún às 18h30. Depois de passar pela imigração, recolher as malas e o carro, já eram quase 20h. Para esta primeira noite, tínhamos reservado um hotel económico desde França, já que não íamos ficar muito tempo. Os arredores de Cancún estavam desertos, felizmente o hotel tinha um restaurante e uma piscina…
➺ Noite na Hacienda de Castilla em Cancún, localização mediana, muito simples, mas a comida era boa e a um preço baixo.
Dia 2 : Cancún – Playa Del Carmen – Las Coloradas
Depois do pequeno-almoço, saímos do nosso hotel para um passeio de street art em Cancún. Depois, não conseguimos resistir a passar pela famosa zona hoteleira de carro. Uma longa estrada ladeada por enormes hotéis e pelas praias, do outro lado centros comerciais e lojas… Parámos na Playa Delfines, com o famoso letreiro multicolorido de Cancún, que é mesmo simpático.
Passámos apenas uma manhã em Playa del Carmen. Ainda um pouco cansados da viagem, ficámos algum tempo na praia antes de almoçar num restaurante moderno e delicioso, o El Zorro Plateado.
Como esta viagem foi organizada um pouco à pressa, algumas excursões que queríamos fazer já não estavam disponíveis nas datas escolhidas. Como resultado, tivemos de reorganizar o nosso itinerário e, para não perder um dia em redor de Tulum, decidimos fazer um bate-volta para começar por Río Lagartos e Las Coloradas. Depois do almoço, seguimos estrada acima em direção ao norte da península, na esperança de chegar a tempo do pôr do sol. Apressámo-nos como loucos, esquecendo que há uma hora a menos no estado de Yucatán! Pois é, o México tem vários fusos horários… Ups! Chegámos ainda a tempo do pôr do sol e até da mini visita guiada. Alguns flamingos estavam à espera, emoldurados por um pôr do sol magnífico… no cenário da lagoa de Río Lagartos. É aqui que a viagem começa verdadeiramente!
➺ Noite no hôtel Rio Lagartos na cidade do mesmo nome, hotel excelente e restaurante maravilhoso!


Dia 3 : Rio Lagartos – Gran Cenote – Akumal
Reservada na noite anterior, tínhamos encontro às 7h da manhã para 3 horas de passeio de barco na reserva de Río Lagartos. No programa? Dezenas de aves, iguanas, crocodilos, manguezais e flamingos. Uma primeira excursão no coração da fauna e flora, exatamente o que esperávamos desta viagem, uma experiência inesquecível. Contamos tudo sobre esta aventura num artigo dedicado: Río Lagartos e Las Coloradas.
Seguimos depois estrada para Akumal, com uma paragem no Gran Cenote, o primeiro cenote da viagem! Sabiam que os cenotes existem apenas no Yucatán? Teríamos adorado ficar mais tempo a nadar, mas este fechava às 16h45… Rumo à praia de Akumal para ver as tartarugas… ou não. É necessário pagar para aceder à praia pública… irónico, não? Recusámos, pensando em tentar novamente no dia seguinte.
➺ Noite em Akumal no Condo Hotel: complicado de encontrar na vila de Akumal, pois era todo novo e sem sinalização! Edit: Pelo que parece, este hotel já não existe!



Dia 4 : Akumal – Tulum
Acordámos muito cedo para tentar aceder à praia de Akumal sem pagar… Eram 7h30, mas os “seguranças” dos hotéis já estavam lá. Tínhamos identificado um local pago na véspera, fomos até lá, não havia ninguém, mas a praia nesse ponto era impraticável devido a grandes rochas. Aproximámo-nos dos restaurantes e disseram-nos que poderíamos entrar às 9h mediante o pagamento de 50 pesos por pessoa, ou, sugeriram-nos tomar o pequeno-almoço no restaurante do hotel, o que daria acesso à praia. Portanto, hoje é impossível aceder à praia de Akumal sem pagar. Esta informação foi confirmada alguns dias depois por expatriados que vivem na região. Falaram-nos também da praia perto do cenote Manatí, onde seria possível ver tartarugas, mas nós não testámos.

Tínhamos depois um passeio marcado, mas o nosso guia preferiu adiar devido a tempestades previstas para a tarde… Assim, reagendámos para o dia seguinte, o que nos obrigou a ficar mais um dia no local.
Aproveitámos para visitar as ruínas de Tulum, um dos sítios arqueológicos maias mais bonitos devido à sua localização junto ao mar, um local histórico imperdível. Ficámos lá aproximadamente das 10h30 às 13h e, ao sairmos, uma chuva tropical começou a cair… Almoçámos no local à espera que parasse, mas não… Passámos a tarde no hotel, entre pequenas tentativas de passeios pela cidade.
Consulte o nosso artigo o que fazer em Tulum e arredores para todos os detalhes sobre a cidade!
➺ Noite no boutique hotel Jabin em Tulum, com um pequeno-almoço ligeiro, mas provavelmente um dos nossos quartos mais bonitos de toda a viagem.

Dia 5 : Cenote Zacil Ha – Sian Ka’an
Acordámos cedo para tentar visitar um ou dois cenotes antes do passeio programado para o dia… Passámos pelo cenote Carwash, que cobra 50 pesos, mesmo que seja só para entrar 5 minutos para ver… Decidimos seguir caminho. Chegámos ao cenote Zacil Ha e não havia ninguém na entrada… Entrei e descobri um local vazio, ideal para algumas fotos discretas…

De seguida, tivemos encontro com a Martine para visitar a reserva de Sian Ka’an, um dia magnífico que podem descobrir no artigo dedicado. Esta excursão levou-nos à selva, às ruínas de Muyil e à zona aquática, bem como às praias deslumbrantes da reserva. Um dia de observação da fauna e flora, partilhado com um grupo fantástico de turistas e repleto de muitos momentos gastronómicos! (Para quem perguntou, podem contactar a Martine por email: martinedufour.excursions@hotmail.com).
➺ Noite em Tulum, no mesmo hotel da noite anterior.




Dia 6 : Cenote Dos Ojos – Punta Laguna
Insisti com o Alcino para irmos ver o cenote Dos Ojos, porque li que é um dos mais bonitos… Deveria ter-me contido, é também um dos mais caros, e o caminho até lá é realmente caótico… Depois da entrada, há que percorrer 3 km de estrada de pedras… Tudo isto para passar apenas 30 minutos, pois tínhamos outra excursão marcada… Enfim… às vezes é melhor desistir logo no início! Aliás, só recomendo este cenote se forem fazer mergulho.
Felizmente, o resto do dia foi magnífico! Partimos com a Anna, colega da Martine, para a reserva de Punta Laguna e a sua lagoa. No programa? Um momento sublime com uma família Maia, o nosso primeiro encontro com macacos-aranha (e um bugio), tirolesa, e a descida a um cenote muito especial… Conto todos os detalhes deste dia no artigo dedicado a Punta Laguna!
De seguida, pegámos imediatamente na estrada, por volta das 17h, rumo a Bacalar e a outra lagoa famosa!
➺ Noite em Bacalar : casa Ichakabal Bacalar. : o hotel é giro, principalmente porque tem um pequeno cais, bicicletas e caiaques disponíveis gratuitamente, mas, no geral, os quartos eram mais ou menos.




Dia 7 : Bacalar
No início, eu não tinha grande vontade de visitar Bacalar. Sim, as fotos pareciam bonitas, a água de um azul incrível, etc… mas não sei, para mim era só uma lagoa… Como era uma paragem intermédia entre Tulum e Calakmul, decidimos parar… e ainda bem! Foi A grande surpresa do nosso road trip! A cidade tem uma espécie de aura mágica, sentimos-nos bem, zen, relaxados… Adorámos!
E a cor da água… ainda melhor do que nas fotos! É um dos lugares onde teríamos ficado mais uma noite… O nosso artigo está aqui: A magia de Bacalar e a sua lagoa das 7 cores.
Por volta das 17h, pegámos na estrada até à vila de Conhuas para estar o mais perto possível da reserva de Calakmul na manhã seguinte.
➺ Noite em Conhuas num dos cabanas Calakmul : experiência inesquecível garantida! Uma cabana de madeira, um pouco simples, mas muito limpa, com tudo o essencial: uma boa cama, rede mosquiteira, água quente e, como bónus, um excelente restaurante no local.


Dia 8 : Calakmul
Levantámo-nos ao nascer do sol na esperança de ver o famoso jaguar na estrada da reserva… Em vez disso, vimos pavões, uma corça, uma espécie de javali… Este sítio é simplesmente grandioso! Aqui vimos os templos maias mais impressionantes pelo seu tamanho, no meio de uma selva densa, e com poucos turistas…
O melhor de tudo? Os inúmeros macacos bugios que vimos… e, sobretudo, ouvimos! Saímos do parque por volta das 13h, regressando devagar para, quem sabe, cruzar com outros animais pelo caminho. O nosso relato sobre a visita à reserva de Calakmul está aqui.






Chegando à cidade, almoçámos tranquilamente à espera das 16h30. Rumo a uma caverna (Zotz Cave), onde todos os dias, às 17h15/17h20, acontece um espetáculo incrível… Milhões de morcegos saem todos ao mesmo tempo, num verdadeiro turbilhão… Nunca tinha visto nada assim! Diz-se que este fenómeno só existe aqui, no Yucatán, México, e na Malásia!


Seguimos depois estrada rumo à cidade de Campeche para não perder tempo. Este trecho da viagem foi bastante longo, com muitas obras pelo caminho. Mas não nos arrependemos absolutamente!
➺ Noite em Campeche no hotel Francis Drake : Hotel antigo, com baratas, ar condicionado e luzes neon muito barulhentos, e pessoal pouco simpático… Não recomendamos.
Dia 9 : Campeche
Após o ritmo intenso das últimas 24 horas, aproveitámos para passear pelo centro da cidade, desfrutar das suas casas coloridas, igrejas, o malecón, o mercado… Contaremos tudo sobre este dia em Campeche num artigo dedicado, mas para terem uma ideia, a cidade lembrou-nos muito Trinidad, em Cuba!
➺ Noite em Campeche, no mesmo hotel da noite anterior, onde infelizmente já tínhamos pago as duas noites…



Dia 10 : Uxmal – Hacienda Ochil – Cenote Sambula – Merida
Seguimos estrada bem cedo rumo a Mérida, com várias paragens pelo caminho. Mas antes disso… fomos parados pela polícia, que nos inventou um excesso de velocidade… Ficámos completamente impotentes, tendo de pagar 2500 pesos a um polícia corrupto que ficou com o dinheiro… Um momento desagradável que estragou o dia, e até parte das nossas férias… Não sei se escreverei um artigo sobre isto, mas entretanto, se quiserem saber mais, não hesitem em colocar perguntas nos comentários.
Enfim, retomámos a estrada em direção ao sítio arqueológico de Uxmal, que achámos verdadeiramente magnífico. É possível subir a uma das pirâmides e desfrutar de um panorama incrível. Terminámos a visita mesmo a tempo do almoço na Hacienda Ochil, que não fica muito longe. Depois, parámos no cenote Sambula: praticamente sem ninguém, ótimo! Um mergulho bem-vindo depois de tantas subidas durante a manhã!
Chegámos a Mérida ao pôr do sol, o que nos permitiu passear um pouco pela cidade enquanto esperávamos pelo eclipse lunar!
➺ Noite em Mérida no hotel Santiago : simples, com preços negociados no estacionamento em frente, mas com um pequeno-almoço muito ligeiro!



Dia 11 : Mérida – Cenotes Cuzama
Continuámos a visita a Mérida até ao meio-dia e partimos à procura do cenote Noh-Mozon, que nunca conseguimos encontrar! Perdemos tempo a dar voltas em caminhos de terra em mau estado… Decidimos então ir aos cenotes de Cuzamá. São três cenotes acessíveis por uma carroça puxada por um cavalo, na vila de Cuzamá. É uma experiência atípica, os cenotes são muito especiais, mas o facto de serem puxados pelo cavalo incomodou-nos um pouco…
Seguimos depois para Valladolid, onde já tínhamos reservado a noite, quando vimos uma igreja muito bonita pelo caminho… Parámos, e um padre que jogava futebol com o filho veio falar connosco. Ele é guia local e tenta promover a sua pequena vila, que é pouco conhecida, os cenotes belíssimos e esta igreja histórica, que possui o 3.º maior pátio do mundo, depois do Vaticano e de Izamal! Passámos um momento agradável com ele e ficámos muito felizes por conseguir falar espanhol nesta altura! Se querem descobrir cenotes menos turísticos e esta igreja, não deixem de parar em Homún!
❕ A refaire, ici, Se fosse para repetir, aqui teríamos reservado o alojamento diretamente na cidade de Chichén Itzá, Pisté. De facto, na manhã seguinte tivemos de voltar atrás. Os preços entre Pisté e Valladolid são praticamente os mesmos, além disso!
➺ Noite em Valladolid no hotel Maria de la Luz : que recomendamos! O quarto é simples, mas espaçoso, pequeno-almoço buffet XXL, estacionamento privado gratuito, tudo bem no centro da cidade!






Dia 12 : Chichen Itza – Uayma – Cenotes X-Keken & Samula
Levantámo-nos cedo para chegar à abertura de Chichén Itzá e… já havia muitos veículos no estacionamento! Encontrámos rapidamente um casal francês com quem partilhar o guia, e lá fomos para mais uma maravilha do Mundo! O sítio arqueológico maia é realmente muito bonito, e a visita guiada bastante interessante. Chegando cedo, conseguimos tirar fotos sozinhos, o que já não é possível a partir do meio-dia. Por outro lado, ainda bem que visitámos este sítio arqueológico por último, pois não tem nada a ver com os outros… É muito turístico, com muitas bancas de souvenirs por todo o lado!


A caminho dos cenotes da tarde, fizemos um desvio por uma igreja que eu tinha visto na internet, a de Uayma. É tão atípica que eu estava com muita vontade de a ver ao vivo! Trata-se de uma igreja histórica e colorida, realmente bonita! Depois aproveitámos um momento de descanso em X-Kekén e Samula, antes de regressar a Valladolid.
➺ Noite em Valladolid no mesmo hotel da noite anterior.

Dia 13 : Valladolid – Cenote Zaci – Cenote Suytun
Aproveitámos a manhã para visitar um pouco Valladolid, mas principalmente para ir ver o seu cenote Zací. Um dos mais incríveis que fizemos, pois fica mesmo no coração da cidade! Pelo caminho, parámos em Suytun, mas o número de autocarros no estacionamento não nos deu vontade de nadar. Tirámos algumas fotos e seguimos em direção a Chiquilá, de onde embarcámos por volta das 16h para Holbox, uma ilha paradisíaca. Instalámo-nos no hotel e fomos para a praia aproveitar os últimos raios de sol, antes de descobrir a atmosfera da cidade.
➺ Noite em Holbox no hotel Paseo Kuka : um pouco afastado do centro, mas muito simpático, com um quarto bonito!




Dia 14 : Holbox
Relaxar, descansar, passear, alugar carrinhos de golfe, etc. Este é o programa na ilha de Holbox (Isla Holbox)! Ainda assim, ficámos um pouco desapontados, pois sim, a ilha tem uma atmosfera descontraída, um pouco “hipster”, mas tudo é caro e, principalmente, as praias estão muito sujas! Os hotéis limpam à frente da sua “porta” e atiram algas e folhas para o pedaço de areia que resta entre eles e o mar. Como resultado, está limpo nas esplanadas dos hotéis, mas o resto nem por isso. Para encontrar a praia bonita da ilha, é preciso ir até à ponta, em Punta Coco, onde há menos algas, mas que fica a cerca de 2,5 km do centro da cidade! Prometeram-nos uma ilha paradisíaca, e não foi isso que encontramos…
➺ Noite em Holbox. no mesmo hotel que na véspera.



Dia 15 : Holbox – Cancun
É o dia da partida! O tempo está muito mau, por isso, depois de um último pequeno passeio pela praia de Holbox, apanhámos o ferry de regresso a Chiquilá. Recolhemos o carro e seguimos para Cancún. Passámos pelo mercado para fazer algumas compras e almoçámos tranquilamente. O tempo piorou, e apanhámos mais uma boa chuva tropical! Última passagem pela praia de Cancún, estávamos ensopados, mas pelo menos aproveitámos até ao último momento!
Entregámos o carro antes do nosso voo das 20h, com mais 2600 km no contador! Que road trip pelo coração da península!!
Roteiro México, Yucatán : informações práticas
Antes da partida & visto
➺ Não é necessário visto para estadias turísticas inferiores a 3 meses para cidadãos franceses. Nem vacinas obrigatórias.
➺ Para levar na mala: repelente de mosquitos, ou até rede mosquiteira dependendo da época. Para nós, em janeiro, não foi necessário rede, mas usávamos um dispositivo repelente (funciona a pilhas).
Pesos mexicanos
Trocámos uma parte dos nossos pesos mexicanos em França antes de partir (não gostamos de chegar sem moeda local), e afinal a taxa de câmbio era muito mais vantajosa lá no México.
Se déplacer dans le Yucatan
Optámos pela opção de aluguer de carro, para ter mais liberdade nos horários, mas também para aceder a locais menos turísticos.
Por outro lado, é também uma região muito fácil de explorar de autocarro. A rede é bastante desenvolvida; vimos vários terminais de autocarro, chamados ADO (o site deles: autocarros ADO). Nas cidades, há muitos “coletivos”, que levam os turistas aos cenotes ou aos sítios turísticos.
Aluguer de carro
Alugámos o nosso carro no site da Auto Europe, com uma boa relação qualidade-preço, pois tivemos um veículo com a Europcar. A reserva estava muito clara, e optámos por um seguro básico que nos pareceu suficiente. (Quase sempre estacionámos em parques privados). Recolhemos diretamente o carro no aeroporto de Cancun onde o devolvemos 14 dias depois. A Auto Europe é uma empresa líder no aluguer de veículos, não só porque oferece tarifas imbatíveis, mas também porque trabalha com todas as locadoras, sejam elas internacionais ou locais. É até possível alugar autocaravanas!


Conduzir no México
Então, conduzir no México é bastante intenso… Por duas razões: os topes e… os mexicanos! Eles quase nunca usam o pisca, ultrapassam pela direita… enfim, uma condução animada. Mas o que mais irritou o Alcino foram os topes, ou seja, lombas XXL, que por vezes não estão sinalizadas. As estradas por vezes estão em bom estado e outras vezes com buracos enormes, obrigando a circular a 20 km/h…
Também tínhamos lido que era preciso ter muito cuidado com os limites de velocidade, pois a polícia não brinca com isso. Por isso, fomos muito atentos. Infelizmente, quando a polícia é corrupta e de má-fé, mesmo tendo cuidado, podemos ter uma experiência negativa como nós… e receber uma multa que temos de pagar sem questionar. Teríamos querido contestar, mas como não sabíamos como isso acabaria, preferimos ficar calados e pagar… Não queríamos acabar na esquadra ou algo do género…
Também tínhamos lido que a estrada próxima da Belize e da Guatemala era a mais controlada. Durante a nossa estadia, vimos apenas dois postos de controlo: um militar entre Bacalar e Conhuas, que controlava os camiões, e um policial entre Conhuas e Campeche.
E, para terminar, tínhamos lido que era desaconselhado conduzir à noite… No início, seguimos esta regra, mas passados alguns dias sentíamo-nos confiantes o suficiente para conduzir mesmo depois do anoitecer. Na verdade, tivemos sobretudo a impressão de que, como é desaconselhado aos turistas conduzir à noite, eles próprios não o fazem, e os policiais já não controlam à noite. Aliás, a nossa multa aconteceu por volta das 9h da manhã, portanto…
Duas semanas depois do nosso regresso, outros viajantes que seguimos no Instagram foram parados no mesmo local que nós, com o mesmo discurso do policial: “estavam em excesso de velocidade bla-bla, têm de pagar a multa”. Conseguiram contornar a situação mostrando uma fotocópia da carta de condução e dizendo que não tinham dinheiro consigo… Redobrem a atenção ao sair de Campeche em direção a Mérida.
Orçamento
Gastámos, para 15 dias de road trip no Yucatán, cerca de 3100€, ou seja, 1500€ por pessoa, distribuídos da seguinte forma:
Passagens aéreas: 700€ para 2 pessoas (tarifas promocionais)
Alojamentos: 722€ para 14 noites, ou seja, uma média de 51€ por noite
Aluguer de carro durante 14 dias: 150€
Despesas com o carro: gasolina = 180€, portagens = 12,70€, condutor adicional = 50€
Alimentação: 491€, ou seja, 35€ por dia
Excursões e visitas: 626€
Outros (lembranças, gorjetas…): 81,50€
Multa: 125€
Onde dormir ?
Tínhamos apenas reservado a primeira noite em Cancún, e depois reservámos, na véspera, para o dia seguinte no booking. Escolhemos este método porque nos dá o máximo de liberdade, embora possa ser um pouco mais caro do que reservar com antecedência. Para este road trip pelo coração da península do Yucatán, não saiu muito mais caro fazer assim, com quartos entre 25€ e 40€, mais ou menos. O nosso favorito foi o hotel em Tulum, mesmo não estando perto da praia!
Onde e o quê comer?
Restaurante, comida rápida, no mercado… Provámos de tudo um pouco por toda a parte! Comemos muito guacamole, tacos e frutas exóticas, experimentámos sumos de frutas novos que nunca tínhamos ouvido falar, e abastecemo-nos de tortilhas de milho! Aliás, até as cozinhámos para uma verdadeira experiência culinária! O México é, aliás, um ótimo destino para intolerantes ao glúten, já que a maioria dos pratos é feita à base de milho. Preparámos um delicioso artigo sobre a culinária mexicana e iucateca, mas sem surpresas: adorámos cada momento!



Os nossos conselhos
➺ Como mencionámos no início do artigo, alguns itinerários dos quais nos inspirámos pareceram-nos impossíveis de realizar uma vez no local. Não levam em conta as distâncias, as estradas de aldeia, o tempo… perdemos várias horas à procura de cenotes e um dia devido a uma chuva torrencial em Tulum. Primeiro conselho: deixem uma boa margem de manobra.
➺ Tenham muito cuidado ao conduzir, pois infelizmente podem, como nós, cruzar-se com polícias corruptos e ter de pagar uma multa sem poder fazer nada.
Quanto tempo para visitar o Yucatán?
Pessoalmente, estivemos lá 2 semanas, e achamos que 15 dias é realmente ótimo para fazer um belo roteiro pelo Yucatán. Se tiverem menos tempo, não aconselhamos fazer menos de 12 dias.
Vale a pena visitar o Yucatán?
Claro que sim! As visitas, a fauna, a flora, as praias, a gastronomia… É um país extremamente rico em muitos aspetos! Apesar das peripécias que vivemos, com alguma distância e cabeça fria, adorei esta viagem…
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Este road trip de 15 dias pelo Yucatán permitiu-nos ver um milhão de coisas diferentes. Nadámos em dezenas de cenotes, vimos muitos animais no seu habitat natural, escalámos dezenas de templos maias, comemos 10 quilos de guacamole e tacos… Uma viagem muito rica e variada que nos maravilhou todos os dias. Não vou mentir, a multa/suborno que levámos daquele polícia corrupto estragou-nos uma parte da viagem, e custou-nos digerir essa má experiência…
Agora, passadas duas semanas, estamos mais calmos e guardamos apenas o lado positivo da viagem, com a cabeça cheia de boas memórias. Aliás, adoraria voltar para descobrir todas as ilhas do Yucatán: Islas Mujeres ou Isla Cozumel… Também voltaria a Holbox para mudar de opinião sobre a ilha… E quem sabe ir ver os flamingos do outro lado da península desta vez? Eh eh! Na verdade, o México tem 32 estados, portanto… há muito por explorar!
